Pesquisa realizada pelo Observatório Castanha-da-Amazônia (OCA), com coordenação do Imaflora e IEB, entrevistou produtores, associações, cooperativas, usinas comunitárias e privadas, empresas e atores-chave da academia e do mercado multinacional para traduzir a complexidade da cadeia de valor da castanha-da-amazônia; – A cadeia tem movimentação financeira de mais de R$ 2 bilhões/ano; estudo estima margens de cada elo da cadeia de valor; – Brasil produz mais de 33 mil toneladas de castanha in natura/ano; – Elo produtivo tem mais de 60 mil produtores, mas fica com menos de 5% (R$ 99 milhões) do total movimentado; – A castanha-da-amazônia é proveniente quase exclusivamente do agroextrativismo com coleta realizada por povos indígenas e povos e comunidades tradicionais da Amazônia; – Apesar dos inúmeros atributos socioambientais que a castanha carrega, eles estão longe de ter um peso significante na decisão de compra por parte do setor industrial e comercial; – Preço é o principal fator para tomadas de decisão sobre compras nos elos finais da cadeia de valor; – Esforços privados para comércio mais justo podem contribuir para valorização da cadeia, mas soluções estruturantes exigem articulação de esforços entre atores e novas e modernas regulações e políticas públicas.